quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

TAXA TOBIN - VEIO PARA FICAR?

TAXAR AS TRANSAÇÕES FINANCEIRAS, DEFENDE SARKOZY

Há males que vêm para ficar, esses por norma relacionados com a classe politica e não com os ideais que a mesma defende – tantas vezes voláteis quando se aproximam épocas eleitorais.
Queixamo-nos tantas vezes da nossa classe política que, no final de contas, em pouco diverge das restantes famílias europeias. Possivelmente a única diferença é o seu poder de decisão e o impacto que as medidas tomadas terão nos outros membros da União Europeia.
Há um Sarkozy antes e um Sarkozy depois da Taxa Tobin!
O Presidente francês defende hoje que a taxa será a «resposta certa» para combater a crise económica Europeia. Mas se a resposta é aceite como dogma, terá sido a pergunta alterada?

Sarkozy num debate televisivo, em 1999 (INA.Fr)
Este é Sarkozy em 1999, na altura ex-Ministro do Orçamento de Estado, um cargo sem correspondência no Governo Português, com o mesmo corte de cabelo que desenha milimetricamente o seu perfil, e casado com uma modelo, mas não cantora - Cécilia Ciganer-Albéniz. Sarkozy parece manter alguns hábitos, mas não todos. Aos 44 anos, o político rejeitava publicamente, e como é exemplo a entrevista na cadeia televisiva francesa INA, a aplicação da Taxa Tobin na Europa classificando-a como uma «absurdidade» e justificando a sua inaplicabilidade pelo facto de «nós (França) não a aplicaremos e mais nenhum país o fará».
Sarkozy ainda acrescentou, na mesma entrevista, que «o mundo mudou, tornou-se uma aldeia e sempre que penalizamos a criação de riqueza no nosso território estamos a dar essa oportunidade aos outros!».


GLOBALIZAÇÃO VS. TAXA TOBIN?

Sarkozy e Merkel (Reuters)
«Se a França esperar pelos outros para taxar as transações financeiras, então as transações financeiras nunca serão taxadas» afirmou Sarkozy no princípio de Janeiro deste ano.
As suas afirmações são encaradas como bluff por uns e como histeria eleitoral (as eleições para o Presidente Francês aproximam-se a passo rápido) por outros. O certo é que até então já criaram alergia a bancos, empresas e seguradoras em França. Outros membros da União Europeia (UE) já se pronunciaram, mas contra. A «Ilha do veto», Reino Unido, já se opôs e o «braço direito» de Sarkozy, a chanceler alemã Angela Merkel, treme no aperto de mão publico que dará a confirmação do apoio da Alemanha à implementação da taxa nas transacções financeiras nos países membros da UE.

Sofia Trindade

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