sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

PE TEM NOVO P - E O qUE SABE ACERCA DISSO?

 


Há males que vêm por bem!
Marti Schulz, o novo
Presidente do
Parlamento Europeu (PE)
 
Até 2003, ano em que as câmaras do Parlamento Europeu (PE) registaram o ataque de Berlusconi a Schulz, o segundo era apenas mais um Eurodeputado. Foram as palavras de Sílvio Berlusconi - ao insinuar que Martin Schulz era o ator perfeito para representar o chefe de um campo de concentração nazi num filme italiano – que colocaram o nome de Schulz nas capas dos jornais, mas foram as palavras de Schulz e a agressividade com que é conhecido por defender os seus ideais no Parlamento Europeu que o fizeram permanecer na mira dos meios de comunicação até hoje. Embora as últimas notícias com o seu nome que apareceram nos jornais se devam ao facto deste ter ganho - a Nirj Deva e a Diana Wallis – a corrida para a presidência do Parlamento Europeu.

A 17 de Janeiro, em Estrasburgo, o alemão Martin Schulz foi eleito o presidente do Parlamento Europeu com maioria absoluta logo na primeira volta, conseguindo 387 votos. Para trás deixou Nirj Deva, Eurodeputado Britânico do Partido Conservador, que arrecadou 142 votos, e Diana Wallis, também Eurodeputada Britânica do Grupo da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa, com 141 votos.

NÃO ESTAVA ESCRITO NOS LIVROS, MAS FOI UMA VITÓRIA BASTANTE PREVÍSIVEL

 
Nirj Deva, Martin Schulz 
e Diana Wallis (PE)
Com 57 anos e natural da Alemanha o currículo de Martin Schulz pouco deixava adivinhar a promissora carreira politica. Schulz decidiu dedicar-se aos livros, mas não nos bancos da Universidade. Após o liceu  rendeu-se à sua paixão pelos livros e começou a trabalhar como livreiro. Aos 19 anos aderiu ao Partido Social-Democrata, dando início à sua carreira política, e aos 31 foi eleito o mais jovem presidente da câmara da Renância do Norte – Vestefália, região na Alemanha onde habitava então. Em 1994 Bruxelas acolheu-o como Eurodeputado no Parlamento Europeu e em 2004 foi eleito como líder dos Sociais Democratas, o segundo maior partido no PE.

Foi exactamente um acordo entre os Sociais-democratas (do qual Schulz foi previamente presidente) e o Partido Popular Europeu (o maior partido no PE) que permitiu a Schulz assegurar a vitória semanas antes da votação.

Em entrevista á EuropalTV – televisão online do Parlamento Europeu - Diana Wallis defendeu que "é uma desilusão" o facto de dois partidos se unirem para eleger um presidente que supostamente deve ser independente, questionando também a democracia do processo "Somos nós verdadeiramente democráticos? Teremos nós um presidente que represente todos os membros? E eleito por membros de diferentes grupos políticos?"

O favoritismo de Schulz também se fez sentir nas palavras de Nirj Deva que afirmou "eu não sou o candidato, mas eu fui o primeiro candidato" acrescentando que "o presidente deveria ser independente e um verdadeiro representante do parlamento!" .


Sofia Trindade

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