editora
Marta Velho nasceu dois anos antes da entrada de Portugal na Comunidade Económica Europeia, a velhinha CEE – já não se apercebeu das mudanças radicais que tal adesão provocou no país. Ainda assim, viveu os tempos loucos da construção de infraestruturas com dinheiros comunitários e, por isso, a sua primeira ideia da União Europeia foi a de uma mãe generosa sempre pronta a dar uns trocos para as extravagâncias dos filhos.
Mais
tarde, os livros da escola e várias viagens vieram mostrar-lhe uma Europa
diferente: uma Europa sem fronteiras, uma Europa de acordos, uma Europa de
conhecimento e crescimento. Criou uma imagem idílica da União Europeia e hoje
continua a acreditar no ideal que nos trouxe ao ponto onde nos encontramos.
Mesmo que esse ideal nem sempre seja bem aproveitado pelos que tomam conta
dele.
Marta Velho está a terminar um mestrado
em Jornalismo Europeu, em Bruxelas. Antes, participou no seminário anual de
Estudos Europeus, do Parlamento Europeu, em Lisboa, depois de ter concluído a
licenciatura de Comunicação Social na Universidade Católica.
Trabalhou
vários anos como jornalista na redação do Grupo Renascença. Colaborou também
com outros média estrangeiros como o New York Times e a NPR. É um dos membros
fundadores da Youth Press Portugal.
Contatar Marta Velho
RAFAELA GRÁCIO
jornalista
Contatar Marta Velho
RAFAELA GRÁCIO
jornalista
Céptica quanto ao alargamento e optimista quanto à união. Para Rafaela Grácio
a União Europeia é uma faca de dois gumes. Quando Robert Schuman sonhou uma
Europa social, economica e politicamente coesa não terá pensado na ganância
inacta dos líderes das nações dominadoras, nos interesses económicos que
prevalecem sobre os valores morais, nem na inércia dos estados adormecidos pelo
facilitismo em receber dinheiro comunitário. Por outro lado, a liberdade de
circulação e a facilidade com que hoje se viaja e vive na Europa dos 27
confirma que parte do sonho europeu tem bases sólidas para continuar. Rafaela reconhece
as portas que se abrem por fazermos parte deste conjunto, onde há mais de 50
anos, hábitos e culturas diferentes convivem harmoniosamente e acreditam num
ideal maior nunca antes na História visto.
Rafaela Grácio é assessora de imprensa numa consultora multinacional, em
Bruxelas. Trabalhou como jornalista freelancer para publicações nas áreas da
juventude e da educação. É licenciada em Jornalismo, pela Escola Superior de
Comunicação Social em Lisboa e Pós-Graduada em Relações Culturais e
Internacionais pela Universidade Católica de Lisboa, e em Direitos Humanos pela
Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. É membro do Forum for European Journalism Students e
assinante da Carta Europeia para a Literacia dos Media. Foi um dos membros fundadores da Youth Press
Portugal , associação que preside até à data.
RAQUEL PETRA LOPES
jornalista
Acha que já foi mais idealista, talvez porque
soubesse menos. Quer crer que não perde a esperança e que o pessimismo duma
crise ou o “nacionalismo” de uns não vão deitar nada disto por terra!
Gosta da UE, da diversidade e de tudo aquilo que
todos já dão por garantido, mas que foram conquistas de um projecto feito passo
a passo. Não obstante, tem os olhos postos no mundo. Ainda que a UE deva ser
construida cá dentro, acredita que não se pode fechar em copas ou lançar
palavras sonantes, na esperança de fazer boa figura ou de ganhar visibilidade.
Pelo caminho, corre o risco de deixar para trás aquilo que deve ser o seu
objectivo primordial: uma Europa forte, feita pelos e para os cidadãos e
posicionada no mundo com base no respeito por todos os povos.
Raquel Petra Lopes estudou
Comunicação Social na Universidade Católica Portuguesa, onde ao bichinho da
Comunicação se juntou o das Relações Internacionais. Participou no Seminário de
Estudos Europeus, do Gabinete do Parlamento Europeu em Lisboa. Mais tarde, rumou
ao College of Europe, em Varsóvia, para fazer Mestrado em Estudos
Europeus. Passou por alguns gabinetes de comunicação no sector público e
privado, em Lisboa. De momento, trabalha em Bruxelas na área de Public
Affairs.
Contatar Raquel Petra Lopes
Valerio
Boto cresceu entre países europeus. Nascido numa família italiana em Portugal,
frequentou o Liceu Francês de Lisboa desde os três anos de idade onde cedo se
habituou a conviver com culturas diferentes, viajando entre Itália, onde está a
família, e Portugal, onde residia. Licenciado em Comunicação Social e
pós-graduado em Ciências Políticas, trabalhou como jornalista em Nova Iorque
onde aprendeu a distanciar-se da cultura europeia.
Valerio Boto acredita acima de tudo na individualidade cultural de cada país, mas também admite uma união política europeia que não a desvirtue e que se concentre no melhoramento e preservação da democracia dos povos. De regresso ao velho continente, escolheu Bruxelas, a capital administrativa, para viver e escrever.
SOFIA TRINDADE
jornalista
EU (European Union), tu, nós... Muito se poderia dizer sobre a
EU que quer ser nós - aquele projeto quase romântico de unidade fiscal e de
segurança. Sofia Trindade nasceu na CEE e cresceu na EU. Enquanto um tu, chamado
Portugal, brincava infantilmente com verbas vindas lá de longe - de Bruxelas,
dizem. Sofia nunca conheceu outra
realidade senão a de uma Europa democrática e social. A de uma Europa que
financia, que projeta, que promove e que ao mesmo tempo está tão longe da maioria
dos seus cidadãos. Hoje em dia Sofia crê que vive numa EU envolta em políticas
turvas. Uma EU que nem com as milionárias campanhas de comunicação que promove
consegue chegar aos seus cidadãos. É fácil criticar a maquina legislativa que é
a EU, mais fácil é ainda quando não se sabe ou compreende, mas não é isso que
se pretende neste espaço.
Sofia Trindade é
licenciada em Comunicação Social pela Universidade do Algarve e encontra-se
neste momento a tirar Mestrado de Jornalismo Europeu, em Bruxelas.
SUSANA MACHADO
jornalista
Natural
de Guimarães, Susana sente-se hoje mais europeia do que portuguesa. A culpa
atribui-a à liberdade que a Europa dá aos seus cidadãos para cruzar as suas
fronteiras, escolhendo onde viver e onde trabalhar.
No entanto, o sonho de uma União que ultrapassa os limites da mobilidade, e que se quer também económica e política, nem sempre parece concretizável. Susana corre, por vezes, o risco de se tornar eurocéptica, um sentimento que cresce na mesma medida em que vai crescendo o conhecimento da máquina europeia.
No entanto, o sonho de uma União que ultrapassa os limites da mobilidade, e que se quer também económica e política, nem sempre parece concretizável. Susana corre, por vezes, o risco de se tornar eurocéptica, um sentimento que cresce na mesma medida em que vai crescendo o conhecimento da máquina europeia.
Susana Machado está a frequentar um
mestrado em Jornalismo Europeu, no Institut des Hautes Etudes des
Communications Sociales, em Bruxelas. Licenciada em Comunicação Social e
Educação Multimédia, pelo Instituto Politécnico de Leiria, conta ainda com
períodos de estudo em Lodz, na Polónia, e em Lajeado, no Brasil, onde se
especializou na área do jornalismo. Mais tarde, trabalhou como jornalista no
jornal O Povo, em Guimarães.
VALERIO BOTO
jornalistaValerio Boto acredita acima de tudo na individualidade cultural de cada país, mas também admite uma união política europeia que não a desvirtue e que se concentre no melhoramento e preservação da democracia dos povos. De regresso ao velho continente, escolheu Bruxelas, a capital administrativa, para viver e escrever.