José Barroso, presidente da Comissão Europeia e Helle Thorning-Schmidt, primeira-ministra da Dinamarca (DR) |
Crescimento, ambiente, segurança e política
externa são metas da Presidência Dinamarquesa do Conselho da União Europeia (UE) no
combate à crise da Zona Euro.
A Dinamarca toma as rédeas da
UE no primeiro semestre de 2012, numa altura em que a Europa vive
uma situação difícil. Em cooperação com os outros Estados-Membros e as
instituições europeias, o governo dinamarquês compromete-se a tomar medidas para
que a União saia da crise económica e entre na via do crescimento.
Liderada pela primeira-ministra Helle
Thorning-Schmidt, a presidência dinamarquesa deverá pôr em prática as decisões
do Conselho Europeu de 30 de Janeiro que visam reforçar a disciplina orçamental
e estabilizar a economia. Competir-lhe-á também aplicar o pacote de medidas de
governação económica e realizar a primeira avaliação semestral dos orçamentos
nacionais. “Devemos trabalhar no sentido
de uma Europa responsável.
As regras económicas devem ser seguidas
de forma eficaz, para que se volte a ter
confiança nas economias europeias”, pode ler-se no
discurso de boas-vindas de Helle Thorning-Schmidt. De acordo com a mesma
governante, o debate sobre o orçamento da UE para 2014-2020 deverá avançar de
modo significativo para poder ser concluído antes de finais de 2012.
A abertura de novos mercados para
as empresas europeias, nomeadamente graças aos acordos de comércio livre com o
Japão, a Índia, o Canadá e a Tunísia, será outro dos objectivos desta
presidência. “Nós vamos fazer compras
on-line de forma mais fácil e segura entre as fronteiras nacionais. E vamos
trabalhar para garantir que as
empresas europeias têm uma
posição forte nos novos mercados globais”,
garante a primeira-ministra dinamarquesa.
A presidência dinamarquesa
pretende ainda incluir o crescimento ecológico e sustentável no seu plano de
acção e manter a liderança da UE a nível mundial quanto às questões relativas
ao ambiente, energia e clima. Por fim, no contexto dos recentes acontecimentos
na África do Norte e da chegada de numerosos imigrantes à Europa, o governo
dinamarquês deseja melhorar a gestão das fronteiras externas da UE, finalizar o
sistema de asilo europeu comum e consolidar o regime de livre circulação das pessoas
no espaço Schengen.
O QUE É A PRESIDÊNCIA ROTATIVA DA UE?
A Presidência do
Conselho da UE gira entre os Estados-Membros a cada seis meses. No primeiro semestre de 2012, a Dinamarca irá
ocupar a Presidência pela 7 ª vez e, assim, orientar o trabalho entre os Estados-Membros. Quando exerce a Presidência rotativa, o Estado-Membro que preside, tem até certo ponto a chance de influenciar a agenda da UE, impulsionar o seu sistema, e reforçar o apoio público para a UE nos
Estados-Membros.
Desde a última Presidência dinamarquesa, em 2002,
o Tratado de Lisboa entrou em vigor,
estabelecendo novos actores institucionais e retirando importância à
Presidência. O Conselho da UE passou a ter um presidente permanente - Herman Van
Rompuy, da Bélgica - e um Alto Representante para os Negócios
Estrangeiros e a Política de Segurança - Catherine Ashton, do Reino Unido.
A Dinamarca
tornou-se membro da União Europeia em 1 de Janeiro de 1973. A última
Presidência em 2002 foi considerada um grande sucesso devido
ao êxito das negociações sobre o alargamento da UE - que levou a um acordo sobre a admissão de dez novos
Estados-Membros a partir, principalmente,
da região do Báltico e do Leste
Europeu - o maior alargamento da
história da União Europeia.
Susana Machado
Parabéns pela Iniciativa. É muito bom pessoas jovens colocando não apenas Portugal, mas o resto do mundo a par do que acontece na UE, de uma maneira muito coerente e sem rodeios.
ResponderEliminarUm abraço do Brasil!!!