Afinal a ajuda europeia aos mais carenciados foi além de 2011 (Gerd Ludwig 2002) |
PROGRAMA DE DISTRIBUIÇÃO
ALIMENTAR PARA OS MAIS CARENCIADOS SERÁ PROLONGADO PELO MENOS ATÉ 2013 E
RECEBERÁ 500 MILHÕES DE EUROS PARA FAZER FACE À CRISE
Há nova esperança para o
programa de ajuda alimentar à população mais desfavorecida da União Europeia. Assegurados
ficam para já os anos de 2012 e 2013, mas responsáveis políticos já pensam num
prolongamento até 2020.
O Programa de Distribuição
Alimentar (PDA) foi reanalisado pelo Parlamento Europeu que, dada a crise
económica que assola a Europa e ao rigoroso inverno deste ano, admitiu rever o
prazo do plano e assegurou mais dois anos de financiamento.
"Muitas pessoas de
diferentes grupos sociais encontram-se numa situação de crise económica tanto
no Sul como no Norte da Europa e em novos e mais antigos estados-membros",
sublinhou o euro-parlamentar polaco Czeslaw Siekierski.
O representante da Polónia
lembrou que "muitos sem-abrigo" se encontram numa "situação
muito difícil" e apontou para uma importância acrescida do plano de ajuda
neste período.
O programa vai contar com um
apoio de 500 milhões de euros financiados ao longo dos próximos dois anos por
fundos europeus. Segundo a Aliança Europeia de Saúde Pública, mais de 18
milhões de pessoas desfavorecidas são atualmente abrangidas por esta ajuda
alimentar.
Dezembro de 2011 era o limite
marcado para o PDA, mas os ministros da Agricultura dos diferentes países pediram
o prolongamento, em janeiro, reunidos em Conselho da Agricultura, por mais dois
anos. Votaram contra a prolongação o Reino Unido, a Suécia e a Dinamarca.
Absteve-se a República Checa.
Aprovado pelo Parlamento
Europeu, o prolongamento até 2013 do programa foi encarado como uma
"conquista importante", mas muitos responsáveis já pensam na
necessidade do programa continuar em 2014.
"Continuaremos a nossa
pressão política para assegurar que a União Europeia continue a mostrar
solidariedade com os mais fracos da nossa sociedade também depois de 2013,
especialmente em tempos de grave crise económica", explicou o Presidente
da Comissão de Agricultura, Paolo de Castro.
Mantendo-se o limite previsto,
em 2013, o programa veria o seu fim após 26 anos de ter sido instituído para
ajudar os mais carenciados dos ex-países soviéticos.
Valerio Boto
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