segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

AJUDA ALIMENTAR AGUENTA ATÉ 2013, MAS CORRE RISCOS
Afinal a ajuda europeia aos mais carenciados foi além de 2011 (Gerd Ludwig 2002)

PROGRAMA DE DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR PARA OS MAIS CARENCIADOS SERÁ PROLONGADO PELO MENOS ATÉ 2013 E RECEBERÁ 500 MILHÕES DE EUROS PARA FAZER FACE À CRISE

Há nova esperança para o programa de ajuda alimentar à população mais desfavorecida da União Europeia. Assegurados ficam para já os anos de 2012 e 2013, mas responsáveis políticos já pensam num prolongamento até 2020.

O Programa de Distribuição Alimentar (PDA) foi reanalisado pelo Parlamento Europeu que, dada a crise económica que assola a Europa e ao rigoroso inverno deste ano, admitiu rever o prazo do plano e assegurou mais dois anos de financiamento.

"Muitas pessoas de diferentes grupos sociais encontram-se numa situação de crise económica tanto no Sul como no Norte da Europa e em novos e mais antigos estados-membros", sublinhou o euro-parlamentar polaco Czeslaw Siekierski.

O representante da Polónia lembrou que "muitos sem-abrigo" se encontram numa "situação muito difícil" e apontou para uma importância acrescida do plano de ajuda neste período.

O programa vai contar com um apoio de 500 milhões de euros financiados ao longo dos próximos dois anos por fundos europeus. Segundo a Aliança Europeia de Saúde Pública, mais de 18 milhões de pessoas desfavorecidas são atualmente abrangidas por esta ajuda alimentar.

Dezembro de 2011 era o limite marcado para o PDA, mas os ministros da Agricultura dos diferentes países pediram o prolongamento, em janeiro, reunidos em Conselho da Agricultura, por mais dois anos. Votaram contra a prolongação o Reino Unido, a Suécia e a Dinamarca. Absteve-se a República Checa.

Aprovado pelo Parlamento Europeu, o prolongamento até 2013 do programa foi encarado como uma "conquista importante", mas muitos responsáveis já pensam na necessidade do programa continuar em 2014.

"Continuaremos a nossa pressão política para assegurar que a União Europeia continue a mostrar solidariedade com os mais fracos da nossa sociedade também depois de 2013, especialmente em tempos de grave crise económica", explicou o Presidente da Comissão de Agricultura, Paolo de Castro.

Mantendo-se o limite previsto, em 2013, o programa veria o seu fim após 26 anos de ter sido instituído para ajudar os mais carenciados dos ex-países soviéticos.

Valerio Boto

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