PLATAFORMA NOVA
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sexta-feira, 4 de maio de 2012
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
GÁS EXTRAÍDO DAS ROCHAS DE XISTO ESTÁ A REVOLUCIONAR MERCADO ENERGÉTICO
A fatura da eletricidade pode vir a ficar mais barata se os governos investirem na exploração de gás de xisto (DR) |
Portugal tem recursos por explorar
As novas técnicas de extração de
gás natural armazenado nas rochas de xisto estão a revolucionar a produção
energética mundial. O gás de xisto (ou gás shale - termo inglês) atinge hoje
20% da produção energética nos Estados Unidos e pode ultrapassar os 50% até
2030. A atenção está agora a virar-se para a Europa, onde alguns projetos de
exploração foram já iniciados por países como a Polónia ou o Reino Unido. Portugal
faz parte da lista de países com formação deste tipo de combustível, tendo a
bacia Lusitânica e a bacia de Peniche sido identificadas como estruturas que
seriam atraentes para a sua exploração.
Em termos de consumo o gás de
xisto é um recurso mais barato e menos poluente, ainda assim, a chegada deste
gás não convencional tem vindo a levantar questões do foro ambiental. A exploração do gás e do petróleo de xisto por fratura hidráulica,
com a ajuda da injeção de grandes quantidades de água e produtos químicos no
subsolo, é atacada pelos ecologistas que consideram a técnica particularmente
nociva para as reservas de água potável existentes nos lençóis
freáticos. Edite Estrela alertou também, em
Bruxelas, para os riscos da extração de gás e petróleo de xisto, referindo que
"há impactes para a saúde e para o ambiente, e os cidadãos merecem
conhecer esses riscos." A eurodeputada foi uma das cossignatárias de uma
declaração escrita, que pedia a aplicação imediata de uma moratória europeia às
atividades de exploração de depósitos de gás e de petróleo de xisto, de modo a
realizar estudos de avaliação de impacte em matéria de saúde e ambiente,
designadamente sobre o impacte climático da libertação maciça de
hidrocarbonetos para a atmosfera.
Por sua vez, o grupo
de reflexão (think tank) britânico Global Warming Policy Foundation defende que
“a contaminação das águas subterrâneas é possível, mas improvável se os procedimentos
adequados forem seguidos”.
EUROPA DIVIDIDA
Enquanto a Europa Ocidental apresenta uma oposição política e ambiental considerável à exploração do gás de xisto,
muitos estados do leste da União Europeia apoiam fortemente a exploração e produção deste gás, por razões geopolíticas.
No ano passado,
a França pediu a suspensão da exploração
de gás de xisto através da
prática de perfuração que injeta substâncias químicas na terra para extrair gás
natural, por temer que a água possa
ser contaminada pelos
produtos químicos utilizados. Em janeiro deste ano a Bulgária seguiu
o exemplo. No Reino Unido, o
Centro Tyndall para Pesquisas sobre Mudanças Climáticas pediu
uma moratória sobre as operações de
gás de xisto até as
implicações ambientais serem totalmente compreendidas.
Já países da Europa Central e Oriental,
como a Polónia, estão ansiosos por
explorar as suas reservas de gás de xisto como uma oportunidade para reduzir a sua forte dependência dos fornecimentos de gás do país vizinho, a Rússia.
Em Portugal 70,2%
da energia consumida não tem produção interna, de acordo
com números disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística
(INE) para 2010. A história da prospeção de hidrocarbonetos no país ter-se-á
iniciado em meados do século XIX. Data de 1844 uma das primeiras referências à
existência de hidrocarbonetos em território nacional, no lugar designado Canto
de Azeche, em São Pedro de Moel.
Susana Machado
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
AJUDA ALIMENTAR AGUENTA ATÉ
2013, MAS CORRE RISCOS
Afinal a ajuda europeia aos mais carenciados foi além de 2011 (Gerd Ludwig 2002) |
PROGRAMA DE DISTRIBUIÇÃO
ALIMENTAR PARA OS MAIS CARENCIADOS SERÁ PROLONGADO PELO MENOS ATÉ 2013 E
RECEBERÁ 500 MILHÕES DE EUROS PARA FAZER FACE À CRISE
Há nova esperança para o
programa de ajuda alimentar à população mais desfavorecida da União Europeia. Assegurados
ficam para já os anos de 2012 e 2013, mas responsáveis políticos já pensam num
prolongamento até 2020.
O Programa de Distribuição
Alimentar (PDA) foi reanalisado pelo Parlamento Europeu que, dada a crise
económica que assola a Europa e ao rigoroso inverno deste ano, admitiu rever o
prazo do plano e assegurou mais dois anos de financiamento.
"Muitas pessoas de
diferentes grupos sociais encontram-se numa situação de crise económica tanto
no Sul como no Norte da Europa e em novos e mais antigos estados-membros",
sublinhou o euro-parlamentar polaco Czeslaw Siekierski.
O representante da Polónia
lembrou que "muitos sem-abrigo" se encontram numa "situação
muito difícil" e apontou para uma importância acrescida do plano de ajuda
neste período.
O programa vai contar com um
apoio de 500 milhões de euros financiados ao longo dos próximos dois anos por
fundos europeus. Segundo a Aliança Europeia de Saúde Pública, mais de 18
milhões de pessoas desfavorecidas são atualmente abrangidas por esta ajuda
alimentar.
Dezembro de 2011 era o limite
marcado para o PDA, mas os ministros da Agricultura dos diferentes países pediram
o prolongamento, em janeiro, reunidos em Conselho da Agricultura, por mais dois
anos. Votaram contra a prolongação o Reino Unido, a Suécia e a Dinamarca.
Absteve-se a República Checa.
Aprovado pelo Parlamento
Europeu, o prolongamento até 2013 do programa foi encarado como uma
"conquista importante", mas muitos responsáveis já pensam na
necessidade do programa continuar em 2014.
"Continuaremos a nossa
pressão política para assegurar que a União Europeia continue a mostrar
solidariedade com os mais fracos da nossa sociedade também depois de 2013,
especialmente em tempos de grave crise económica", explicou o Presidente
da Comissão de Agricultura, Paolo de Castro.
Mantendo-se o limite previsto,
em 2013, o programa veria o seu fim após 26 anos de ter sido instituído para
ajudar os mais carenciados dos ex-países soviéticos.
Valerio Boto
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
PREÇOS DO ROAMING
PODEM BAIXAR ESTE ANO
O raoming está, de novo, na agenda do Parlamento Europeu |
Parlamento Europeu
apresenta proposta para descer o preço das chamadas efetuadas dentro da União
Europeia (EU). Empresas de telecomunicações reagem com desagrado.
O Parlamento Europeu deverá
votar, em abril, uma proposta que visa continuar a baixar o preço das chamadas
de voz, mensagens de texto (SMS) e serviços de dados efetuados dentro da União
Europeia (roaming). A ser aprovada, a nova legislação entrará em vigor depois
de junho de 2012, altura em que as atuais regras impostas pela Comissão
Europeia deixam de estar em vigor.
A proposta vai ser apresentada
por uma equipa liderada por Angelika Niebler. A eurodeputada alemã considera que
“o roaming de
dados através de fronteiras e
redes deixou de ser, tecnicamente, um exercício caro”
e, por isso, “todos os utilizadores têm direito
a um preço justo", afirma.
O eurodeputado
português, Correia de Campos, vai mais longe e defende a criação, a
breve trecho, de um “verdadeiro mercado único das telecomunicações” em que
sejam eliminados os encargos do roaming no espaço europeu e os preços sejam
iguais em todos os Estados-membros.
De acordo com as medidas
apresentadas, a partir de 1 de julho de 2014 os consumidores de roaming não
deverão pagar mais de 24 cêntimos por minuto para fazer uma chamada, um máximo
de 10 cêntimos por minuto para receber uma chamada, um máximo de 10 cêntimos
para enviar uma mensagem de texto e um máximo de 50 cêntimos por megabyte (MB)
para download de dados ou para navegar na Internet.
Outra das medidas previstas na
proposta é a possibilidade dos consumidores poderem escolher as redes móveis que
pretendem utilizar quando visitam outro país da UE, mantendo o mesmo número de
telefone e um contrato de roaming
separado do seu contrato para serviços móveis nacionais.
A proposta
apresentada traz boas notícias para os consumidores, mas não agrada as empresas
de telecomunicações europeias. "Os preços do roaming são evidências claras de que o mercado único não está suficientemente
integrado. Os consumidores europeus
são relutantes em usar os seus dispositivos móveis quando viajam para o exterior", diz Monika
Štajnarová, da Organização
Europeia de Consumidores, BEUC.
EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES ALEGAM QUE MEDIDAS PROPOSTAS LIMITAM A
COMPETITIVIDADE
A autora da
proposta, Angelika Niebler, acredita que esta também daria a operadores móveis (incluindo
os chamados operadores móveis virtuais, que não têm a sua própria rede) o direito de usar redes de outras operadoras em outros Estados-Membros, e assim incentivar os
operadores a competir mais no mercado
de itinerância.
As empresas de
telecomunicações europeias, por sua vez, unem-se para mostrar descontentamento
perante os novos limites propostos para os preços do roaming e discordam com o
argumento da eurodeputada. “Os rigorosos limites de
preços e a reforma estrutural do
mercado são incompatíveis. As
medidas estruturais propostas só podem ser eficazes
se os limites máximos de preços de retalho forem fixados em níveis que incentivem a entrada no mercado (de novas
empresas) ao invés de desencorajá-la”,
argumenta, em comunicado, a GSM Association, representante
de vários operadores móveis a nível mundial.
Por sua vez, Richard Feasey, da
Vodafone, incita os parlamentares a
reconhecer os desafios que eles
enfrentam. “Os limites para os preços de retalho não
devem ser múltiplos arbitrários dos limites dos preços
de venda por atacado mas devem
recuperar os custos de comercialização
e atendimento aos clientes”, defende.
A votação de ideias para incluir
na proposta está prevista para o final de fevereiro e a votação da proposta
final, com as novas regras, deverá ocorrer no Parlamento Europeu dois meses
depois.
Susana Machado
sábado, 18 de fevereiro de 2012
ACTA
OU NÃO DESACTA
ALGUNS
PAÍSES JÁ ASSINARAM O POLÉMICO DIPLOMA CONTRA A PIRATARIA INFORMÁTICA MAS A
PRUDÊNCIA DE ALGUNS PODE LEVAR PARLAMENTO EUROPEU A REVER PROPOSTA
Um
acordo internacional que visa criar um enquadramento legal comum para combater
as violações de direito de autor na internet e as contrafacções não só está a
levar milhares de pessoas a protestar como já cria divergências no seio da
União Europeia.
O
Anti-Counterfeiting Trade Agreement (ACTA), assinado por diversos países no
mundo e a maioria dos países-membros da União não convence todos. Apesar de
países como Estados Unidos, Canadá e Austrália já terem assinado a proposta, outros
estão preocupados com as consequências que o acordo possa trazer.
Apesar
de já ter sido assinado por 22 países europeus, à Alemanha e à Polónia, que já
se tinham oposto à ratificação da ACTA, juntam-se agora os Países Baixos e a
Bulgária. O ministro da economia búlgaro, Traicho Trakov, teme que a lei possa
encorajar a vigilância da internet e limitar a liberdade de descarregar filmes
e música. Mesma prudência tomou o Parlamento holandês que apoiou um apelo do
partido da Esquerda Verde para que a assembleia não ratificasse de imediato o
acordo.
Enquanto
alguns estados se preparavam para assinar o documento durante o mês de Janeiro,
no seio da União, as populações contra a medida não ficaram em casa e, depois
dos protestos que durante meses marcaram posição contra o "um por
cento", voltaram a descer para as ruas milhares de pessoas que temem a
limitação da liberdade de expressão.
Máscaras
brancas, famosas em manifestações de indignados e occupiers que percorreram o
mundo, ganharam novo estandarte contra a medida ACTA. O grupo Anonymous, que
apoiou as manifestações contra as classes políticas com acções concretas de pirataria
na internet, já alertou para o "perigo" que o diploma representa.
As
divergências no seio da União, apesar da maioria de assinaturas por parte dos
países, chegou ao Parlamento Europeu e o próprio negociador da ACTA, demitiu-se
do encargo por considerar que o diploma vai "longe de mais". Kader
Arif, político francês e ex-membro do Parlamento, acredita que a medida ameaça
a liberdade dos cibernautas.
A
ser aprovado, o acordo pode levar a acusações criminais utilizadores que tenham
música ou filmes descarregada ilegalmente. Arif apelou mesmo a que a população
da União Europeia "demonstre interesse e preocupação quanto ao
acordo" para criar "um debate público, que foi impossível até
hoje".
Depois
das discordâncias, o Parlamento Europeu pode estar mesmo confinado a uma
revisão da proposta. Mas Arif acredita que "é impossível" esta
revisão porque o debate entre os partidos representados no Parlamento terminou
no passado dia 1 de Outubro.
"A
Comissão Europeia negociou [o acordo] em nome da União Europeia, na base do
mandato entregue pelos países-membros em 2007", explicou.
Os
defensores da medida dizem que "se trata de atacar actividades ilegais a
larga escala", como vem descrito no próprio documento.
Valerio Boto
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
A BARONESA DESCONHECIDA
Ashton ocupa o cargo de Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança (DR) |
Catherine
Ashton não prima pelo carisma. Figura mediana, cabelo curto castanho, olhos
pequenos, nariz alongado – a britânica torna-se quase invisível quando se
encontra junto de outros gigantes da Europa, como José Barroso, presidente da
Comissão Europeia, ou Angela Merkel, chanceler alemã.
É a
ela que cabe representar a União Europeia (UE) no exterior. Com a entrada em
vigor do Tratado de Lisboa em 2009 surgiu uma tentativa de reforço da
diplomacia europeia no mundo. Foi criado o cargo de Alto Representante da União
para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança de carácter permanente,
atribuído a Ashton.
O
nome é pomposo e a posição acarreta responsabilidade. A britânica é ainda
vice-presidente da Comissão Europeia, mas nem por isso é mais reconhecida pelo
público. Uma grande parte, senão mesmo a larga maioria, dos cidadãos europeus
desconhece o seu papel. E, mesmo na esfera política, quando o foi apontada para
o mais alto cargo diplomático da UE, muitos foram os que questionaram a sua
capacidade, devido à sua fraca notabilidade no mundo dos Negócios Estrangeiros.
Nos bastidores de Bruxelas, corria o rumor de que a posição lhe tinha sido
atribuída para compensar o Reino Unido por, na mesma altura, o posto de
presidente do Conselho Europeu ter calhado ao belga Herman Van Rompuy e não ao
britânico Tony Blair, como tudo parecia indicar.
DE
HUMILDE A BARONESA
No
entanto, o currículo de Catherine Ashton não desilude. É membro do Partido
Trabalhista britânico, fez parte do Conselho Privado da Rainha e assumiu cargos
de responsabilidade nos departamentos da Educação e dos Assuntos
Constitucionais. Conseguiu o título de Baronesa de Upholland através da Câmara
dos Lordes, da qual veio a ser líder, dirigindo inclusive a posição deste grupo
parlamentar nas negociações do Tratado de Lisboa. Esteve ainda à frente da
pasta do comércio na Comissão Europeia.
Contudo,
Catherine Ashton é oriunda de um meio humilde do norte de Inglaterra e
conseguiu traçar o seu caminho ascendente através da força da vontade. Foi a
primeira da família a obter um grau académico, de Sociologia, no Bedford
College em Londres, em 1977.
Hoje
em dia, é casada com Peter Kellner, presidente da organização YouGov. Tem dois
filhos e três enteados.
NA
SOMBRA DE TODOS OS OUTROS
Como
Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de
Segurança, o trabalho de Catherine Ashton tem sido muitas vezes alvo de duras
críticas. É constantemente acusada de ser uma sombra dos outros líderes
europeus e ter uma posição pouco assertiva na representação da UE.
Em
declarações ao diário ABC, o analista de política internacional José María de
Areilza assinalava o constante fracasso da posição da Europa nas crises
mundiais. Dando o exemplo da Primavera Árabe, lembrou a “crescente ineficácia
da ação europeia, que assenta num poder de atração, ou soft power inútil,
perante os massacres na Líbia, ou a guerra civil na Síria.” Em relação a
Ashton, Areliza considera que a baronesa, atualmente, “bateu no fundo, algo que
parecia difícil. E isso aconteceu porque negociou um acordo nos termos do qual
a atuação das suas relações externas ficaria subordinada a autorizações
burocráticas de três comissários que lhe fazem concorrência aberta no seio do
executivo europeu.” De novo, Catherine Ashton a colocar-se atrás de todos os
outros na UE.
Marta Velho
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
A
CORRUPÇÃO E A EUROPA
(DR) |
NÚMEROS
E ESTATÍSTICAS
Acabam
de ser reveladas as mais recentes estatísticas sobre a corrupção na União
Europeia (UE). De acordo com o Eurobarómetro, três em cada quatro cidadãos
europeus, ou seja 73%, acreditam que o fenómeno está presente nas instituições
oficiais da UE. O valor sobe um pouco mais quando se fala a nível nacional: 79%
julgam os serviços dos Estados-Membros como corruptos.
Mas
os números não se ficam por aqui. Quase metade das pessoas inquiridas acredita
que a situação ficou pior nos últimos três anos, sendo opinião da maioria (70%)
que a corrupção é inevitável, sempre existiu e sempre existirá.
São
resultados que surpreendem a Comissão Europeia (CE) que, nos últimos anos, se
tem empenhado no desenvolvimento de um elaborado programa de transparência na
UE. Os esforços foram, inclusive, intensificados em junho com o estabelecimento
de um plano anticorrupção com objetivos elevados.
“A
corrupção só pode ser combatida com êxito se houver vontade e empenho por parte
dos líderes e dos órgãos de decisão a todos os níveis”, afirmou Cecilia
Malmström, comissária europeia dos Assuntos Internos. “Constato com pesar que
os resultados práticos da luta contra a corrupção na União Europeia continuam a
ser insatisfatórios. Quantas vezes é preciso repetir que é urgente agir?”
A
EUROPA E O MUNDO
De
acordo com o relatório anual da organização Transparência Internacional, acerca
da percepção da corrupção no mundo inteiro, em 2011, os Estados Membros da UE
nem ficaram assim tão mal cotados. O documento avalia, numa escala de um a dez,
o quanto os países são vistos como corruptos, sendo o zero atribuído quando a
corrupção impera e dez onde existe o nível máximo de transparência.
A
lista é liderada pela Nova Zelândia, com 9.5 valores. No fundo encontram-se,
lado a lado, a Coreia do Norte e a Somália, ambos com apenas 1 ponto. A UE tem
três países logo nos cinco primeiros postos. A Dinamarca e a Finlândia, que
ocupam respetivamente o segundo e terceiro lugares, os dois com 9.4, seguidos de
perto pela Suécia, com 9.3. Só dez Estados Membros têm menos de 5 valores,
sendo o mais mal cotado a Roménia, com 3.3, seguindo-se logo a Grécia com 3.4.
CORRUPÇÃO
À PORTUGUESA
Portugal
ocupa a posição 32, na lista de 182 países – foi avaliado com 6.1 valores,
atrás da Espanha, que tem 6.2, e à frente da Eslovénia, que tem 5.9.
Voltando
aos resultados do Eurobarómetro, 68% dos portugueses acredita que a corrupção
tem piorado ao longo dos últimos três anos e quase todos os inquiridos
acreditam que o fenómeno é um dos maiores problemas do país.
Marta Velho
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